segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

San Javier

Havia passado por San Javier quando saí do Brasil, por Porto Xavier. Mas naquele momento apenas troquei dinheiro na saída do porto, peguei um táxi e fui direto pra rodoviária (onde troquei mais dinheiro) para pegar o ônibus para Santa Ana.

Minha expectativa com a cidade era baixa, pois, como fica exatamente do outro lado da fronteira com relação a Porto Xavier, e até o nome delas é parecida, achei que fosse ser insignificante também. A ideia dessa vez era simplesmente passar a noite ali para pegar a primeira travessia na manhã seguinte.

Minha anfitriã me buscou na rodoviária e formos pra casa dela, onde encontramos seus pais sentados na frente da casa, pois o calor continuava sufocante. Perguntei pra que lado era o rio, e o pai dela se prontificou a me levar para conhecer a cidade.


Ainda bem que não embarquei nessa canoa furada!

Francisco, seu nome, me mostrou recantos muito aprazíveis, com boas vistas do rio Uruguai e do Brasil. Conversamos bastante e ele me explicava tudo que via e tudo que eu indagava. Ou seja, o guia ideal!


Anfiteatro gre-nal.


Fim de tarde ao rio Uruguai, com meu anfitrião-guia-motorista-padeiro.

Ao voltarmos para casa, ficamos reunidos em volta da mesa conversando e, mais tarde, jantando. Era exatemente o que buscava ali: o convívio com uma família argentina.
Moram ali, além de gatos e cachorros, os pais, os irmão e a avó da minha anfitriã, além da própria. A família é muito simpática, portanto, mesmo exausto, foi uma noite muito agradável.


Parte da família.

No outro dia, pedi a bicicleta emprestada para dar uma volta pela cidade, pois já havia decidido que voltaria pro Brasil apenas pela tarde. Saímos para encher o pneu ali perto, mas Francisco acabava de chegar e me disse para largar a bicicleta que me levaria de carro para conhecer outros lugares. Detalhe: ele é padeiro e estava voltando da entrega matinal de pães, os quais esteve preparando desde as 3h da madrugada!

Fomos primeiro ao Cerro del Monje, um local de peregrinação na época da Páscoa, com uma ótima infraestrutura e linda vista.


No alto do Cerro del Monje.


Panorama do Cerro del Monje.

Dali fomos para uma parte do rio mais afastada, com corredeiras. Quando comentei com o taxista que tinha ido ali, ele ficou surpreso e perguntou se eu estava com algum morador dali, pois quem vem de fora não sabe da existência delas. Por isso gosto tanto de ficar hospedado com locais!


Corredeiras. 

Por fim, voltamos para o Camping Puerto Arenas, pois no dia anterior, quando passamos por ele, estava fechado para um evento.


Sensualizando à beira da piscina.

Voltamos pra casa e comemos pizza caseira. Francisco então foi dormir, e eu fui embora. Esperei um pouco o ônibus que vai para o porto, mas como ele não vinha, e eu não queria perder o ônibus para Santo Ângelo, peguei um táxi.


A tardinha cai...

Como na vinda, a imigração e a travessia em si foram muito tranquilas e rápidas.

Em suma, por mais simples que a cidade seja, a expectativa era tão baixa e os anfitriões tão legais que acabei curtindo muito San Javier.

Praticalidades
  • Após passar pela imigração, na chegada, há um mercadinho a uns 50 metros, onde é possível fazer câmbio por um valor justo.
  • O porto fica longe da cidade. Na volta descobri que há ônibus, cuja frequência desconheço, então peguei táxi em ambos os sentidos. Tem um ponto no porto. Na cidade foi por pura sorte que consegui um. É mais fácil chamar um pelo telefone.
  • A rodoviária é pequena mas funcional. É possível fazer câmbio no guichê de passagens. 

Gastos
  • Ônibus de Santa Maria la Mayor: ARS 60 = R$ 4,60
  • Ônibus para Santa Ana: ARS 205 = R$ 16
  • Táxi de/para o porto: ARS 150 = R$ 12
  • Balsa de/para o Brasil: ARS 130 = R$ 10


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